Academias agem contra contaminação
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Academias agem contra contaminação

O educador físico e coordenador de academia, Marcelo Leoncy, reconhece que mesmo higienizando os aparelhos de musculação com álcool gel, o risco de contaminação continua, pois é difícil matar todos vírus, fungos e bactérias.

De acordo com Marcelo, a academia onde trabalha tem a preocupação em manter tudo absolutamente limpo, adotando algumas medidas. Uma delas é manter duas pilhas de colchonetes, entre limpos e usados, devidamente sinalizados. Há um funcionário exclusive para limpar os equipamentos higienizados.

Para evitar a contaminação pelo ar, em momentos de baixo fluxo de frequentadores, os aparelhos de ar-condicionado da academia são desligados e as janelas abertas. O objetivo é renovar o ar. “O ar fica viciado. Fazemos também a higienização dos filtros a cada três meses”, comenta Marcelo.

Ele comenta que os alunos de musculação são mais cuidadosos e mantêm o hábito de limpar sempre os equipamentos. Além disso, ao matricular-se na academia, o aluno assina contrato com uma cláusula específica que determina que ele é responsável pela limpeza do equipamento. “Mas mesmo assim mantemos um funcionário para manter tudo sempre limpo.”

Os mais conscientes levam suas toalhas para cobrir o local onde treinará. A academia também as oferece para aluguel.

Ele comenta que em 15 anos de experiência em academias, nunca viu um aluno reclamar que tenha tido alguma infecção.

“Acho importante que o aluno evite usar camisas que exponha as costas. E que as mulheres evitem blusas cavadas. É importante que o tórax esteja protegido até a altura dos ombros. E nunca esquecer de usar o álcool gel, mesmo que o equipamento esteja aparentemente limpo”, recomenda o educador físico.

Bactéria perigosa

O infectologista Aurélio Bráulio comenta não haver um histórico amplo de atendimento de casos de infecções em consultório, principalmente por ser quadros mais simples, sem maiores riscos. Também são escassos as notificações. Mas, segundo ele, há estudos realizados nos Estados Unidos que relatam a presença da bactéria staphyloccoccus aureus e coliformes.

A bactéria citada acima é bastante perigosa e resistente a vários tipos de antibióticos, inclusive a penicilina. A taxa de mortalidade dos infectados por ela chega a 34% em apenas 30 dias.

O lutador norte-americano Kyle Frey, de 21 anos, quase morreu ao ser infectado com a staphyloccoccus. Ele passou cinco dias hospitalizado, foi submetido a uma cirurgia e a um tratamento pesado de antibióticos. O que antes parecia ser uma simples espinha era na verdade o ambiente criado pela bactéria.

Bate-papo – Aurélio Bráulio
Infectologista

Quais são os principais riscos de contaminação nas academias de ginástica?
As academias de ginástica, como qualquer outro ambiente público, podem ser potenciais transmissores de doenças infecciosas, desde um resfriado comum, gripe, diarréias infecciosas ou infecções de pele. Entenda que isto não é motivo para desencorajar as pessoas a frequentarem academias, já que também podemos pegar tais doenças em outros locais como igrejas, shopping, ônibus etc., além de os benefícios da prática de atividades físicas serem maiores que os riscos de adquirir doenças

O que fazer para se proteger de vírus, bactérias e fungos?
Existem regras básicas que evitam a contaminação: proteger lesões de pele com curativos; usar desinfetantes nos aparelhos antes de utilizá-los, principalmente nos tapetes, usando papel toalha; usar papel toalha para enxugar o suor do corpo; lavar as mãos e usar álcool gel frequentemente; usar roupas que cubram as partes do corpo que entram em contato com os aparelhos; usar diferentes bolsas para carregar roupas limpas e roupas suadas; tomar banho após o término das atividades físicas.

Acredita que as pessoas têm consciência dos riscos?
As pessoas têm consciência dos riscos, mas muitas ignoram adotar medidas para minimizá-los, mesmo vendo que as boas academias dispolibilizam material para tais cuidados como álcool líquido, álcool gel e papel toalha.

Já atendeu casos assim no consultório?
A casuística dos consultórios de infecções adquiridas em academias é pequena e geralmente se trata de infecções simples.

 

Fonte: http://tribunadonorte.com.br/noticia/academias-agem-contra-contaminacao/270486

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Thais Almeida é diretora e curadora de conteúdo deste portal.

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