A Morte das Academias Como Conhecemos
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A Morte das Academias Como Conhecemos

 

Nos últimos anos, pudemos observar o surgimento e o crescimento de redes low cost no Brasil.

Academias tradicionais, conhecidas como “midmarket”, que sempre tiveram seu ticket acima dos R$ 100, resolveram baixar para R$ 49,90 ou R$ 59,90 e entrar na concorrência de preço. Quem não baixou o preço, sofreu uma crise de identidade. Como cobrar acima de R$ 100 e não entregar resultados?

Aqui, não vamos discutir se baixar ou manter preços é certo ou errado. Vamos olhar para frente.

As microgyms vêm ocupar uma fatia do mercado pouco explorada. Elas entregam EXPERIÊNCIA E RESULTADO, a um investimento, para o cliente final, até mesmo acima de uma “high end”.
Ou seja: preço não é problema. O cliente está disposto a pagar por aquilo que vai lhe gerar um benefício, um resultado.

Neste momento surge, claramente, a polarização. As academias low cost oferecendo baixo serviço e uma experiência “normal” a um preço baixo, enquanto as microgyms oferecem experiência diferente, serviço melhor orientado e entrega de resultados mais consistentes, tudo isso a um preço alto.

As academias tradicionais, que vendem musculação, “495 modalidades” e “389 aulas por semana” estão na beira do precipício, pregando para o já convertido, disputando os 3,9% de pessoas que praticam atividade física em academias no Brasil.

Convenhamos, musculação é muito chato! Treinos longos, repetitivos e abaixo da intensidade ideal não são nada agradáveis para o cliente que não gosta de academia.

Nesse cenário, como as academias tradicionais, que oferecem a experiência da low cost, mas não oferecem os resultados consistentes vão sobreviver?

Minha resposta: MODELO HÍBRIDO.

Agora é o momento das academias pararem de perder clientes e colocar a culpa na crise e na concorrência. É hora de se REINVENTAR.

Abra espaço na sala e coloque estações de treinamento que gerem uma experiência diferente. Faça com que a musculação deixe de ser o carro-chefe da academia.
Use a variabilidade que o TREINAMENTO FUNCIONAL oferece e promova treinos divertidos, rápidos e intensos.
Certamente isso vai gerar resultados mais rápidos e duradouros, não só no aspecto físico, mas principalmente no aspecto motivacional do cliente.
Lembre-se: o ser humano é tribal e ritualístico, por isso que os treinos coletivos devem se tornar os carros-chefes.

Abandone aquela avaliação física tradicional e obsoleta, que não serve para prescrever treinos. Opte por modelos de avaliação funcional que tenham relação direta com a prescrição dos treinamentos. E garanta que esse cliente faça as reavaliações, afinal de contas, essa é a comprovação de que os treinos estão dando resultados.
Pare de se comunicar com o cliente que gosta de musculação, que é a minoria absoluta, e se comunique diretamente com aquele que está em casa, precisando praticar atividade física, mas não consegue se enxergar em uma academia.
Quantas vezes você ouviu dizer de algum amigo ou familiar: “academia não é pra mim, só tem gente sarada lá!”

Mas faça! Saia na frente dos concorrentes.
Ou então continue assistindo seus clientes irem embora para academias onde obtêm resultados de verdade, ou para onde eles podem pagar metade da mensalidade que a sua academia cobra.
Crie seu diferencial, se reinvente, agregue valor ao seu serviço. Os clientes pagam pelo que você entrega e não pelas promessas.

 

Fernando Tadeu

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0 Comentários desativados em A Morte das Academias Como Conhecemos 2902 18 maio, 2017 Fernando Tadeu, Gestão de Academias maio 18, 2017
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Thais Almeida é diretora e curadora de conteúdo deste portal.

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