“Em alguns séculos, quando a história de nossos dias for escrita com uma perspectiva de longo prazo, é provável que o fato mais importante que os historiadores destaquem não seja a tecnologia, nem a internet, nem o comércio eletrônico, mas acredito que será uma mudança sem precedentes da condição humana. Pela primeira vez, um número substancial e crescente de pessoas tem escolhas, pela primeira vez elas gerenciam a si mesmas, mas a sociedade está totalmente despreparada para isto.”
O trecho transcrito do livro “O 8º Hábito” que foi lançado no Brasil em 2008, curiosamente ainda que passados 10 anos me parece absolutamente atual. No cenário do fitness observamos profissionais de educação física ora contestando a taxa cobrada para dos personal trainers, ora queixando-se dos baixos salários que são pagos quando estes encontram-se na condição de professores. Temos ainda como protagonista do outro lado da história os donos de academias que relatam o baixo comprometimento e de suas percepções de que os educadores físicos só tem interesse por aulas particulares.
Se quisermos mesmo entrar no século XXI precisamos observar as empresas que já fazem hoje o que os especialistas dizem que é a tendência para o mundo do trabalho no futuro, ou seja, a realidade da figura do personal trainer nas academias depende exclusivamente do corpo de gestores, pois são eles que terão a responsabilidade de decidir se os terão como aliados no processo fidelização dos clientes atuais e, ainda, na captação de novos, além do incremento de “receitas não operacionais”. Repito e intensifico que cabe aos gestores decidir e trabalhar neste sentido.
É fato que academias muito bem colocadas no mercado já não conseguem estruturar um planejamento operacional e financeiro sem que nele esteja contemplada a figura do personal, seja ele interno ou externo, diga-se de passagem distinção que serve à segregação e acaba por afastar os profissionais que se sentem distantes e deixados de lado quando na verdade poderiam ser tratados e cuidados como parceiros.
Sim é possível fazer com que qualquer academia, não importa o tamanho, tenha um incremento de receita com personal trainer de 10% até 25% do faturamento. Um alerta para a realidade: – estes profissionais podem preencher horários e áreas quase sempre ociosas em praticamente todas as academias do país. Os profissionais que atuam como professores particulares conseguem, se utilizados de modo inteligente, captar clientes com redes sociais de forma completamente gratuitas. Imagine se as academias trocassem as reclamações por apoio nas divulgações das redes sociais onde elas passassem a ser citadas pelos melhores profissionais ou por aqueles que fazem o melhor uso das delas. Este é apenas um exemplo possível.
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Guilherme Moscardi