Sem dúvidas os anos de 2016 e de 2017 foram demasiadamente extenuantes para os empreendedores brasileiros pois foi considerado pelos economistas o ápice da crise financeira brasileira, sendo a previsão de melhora para o meio de 2018. Neste cenário, foi possível observar a morte de várias empresas de todos os segmentos; E claro, empresas do segmento fitness não ficaram de fora. Entretanto, tantas outras, apesar do abalo sísmico sofrido em suas finanças, pessoal e até estrutural, seguiram em frente.
Somos forçados diante deste ambiente a seguinte pergunta: O que leva empresas a morte? E o que pode fazer com que elas sobrevivam? Não possuímos estudos voltados especificamente para empresas fitness, porém analisando achados de outras áreas podemos ter um diagnóstico aproximado para nosso setor que sem dúvidas sofreu consequências e porque não encolheu.
Este tema vem sendo estudado desde a década de 30 e diversos autores já debruçaram sobre o tema. E, é evidente, que o assunto é bastante atual ainda e muito amplo para tratarmos por aqui. Contudo, vamos dar uma breve mostra do que os estudos têm mostrado como fatores que levam as empresas a morte e outras não.
Autores como Ferreira et al (2012); Borges et al (2012) e Nogueira e Borges (2015) respectivamente, apontam seus achados para as causas mortis das empresas. É possível observar, que em 3 estudos distintos os fatores são bem aproximados e até mesmo concordantes entre si em determinados aspectos. Isso mostra entre outras questões a importância de uma preparação prévia dos gestores, uma atenção constante ao financeiro, aos processos, a atenção as inovações do setor entre outros itens vitais à sobrevivência de qualquer empresa.
Espero ter trazido uma luz para você gestor de academia a traçar suas rotas por caminhos mais seguros. Avalie se está cometendo algum destes equívocos e Bons negócios!
Ferreira et al (2012)
- Ausência Planejamento ou plano de negócios
- Falta de Inovação, design ou desempenho dos produtos e serviços
- Dificuldade em conquistar e manter clientes
- Nível elevado de concorrência
- Baixo nível de escolaridade do empreendedor
- Competência gerencial diminuta
- Falta de suporte contábil e jurídico
Borges et al (2012)
- Fatores macroeconômicos (principalmente);
- Desconhecimento do mercado;
- Falta de controles financeiros;
- Má administração do fluxo de caixa;
- Ausência de um planejamento bem definido.
Nogueira e Borges (2015)
- Fatores financeiros;
- Mercadológicos; macroeconômicos;
- Estruturais;
- de administração estratégica
- Comportamento empreendedor
Referências
BORGES, Guilherme de Freitas; LEITE FILHO, Geraldo Alemandro; SOARES, Keila Graciela Ribeiro; NASCIMENTO, João Paulo de Brito; NAZARETH, Luiz Gustavo Camarano; MORAES, Aline Freire de Oliveira. Descontinuidade de empresas: um estudo sob a ótica dos contadores na cidade de São João Del-Rei (MG). Revista Mineira de Contabilidade, v. 13, n. 45, p. 21-28, 2012.
FERREIRA, Luis Fernando Filardi et al . Análise quantitativa sobre a mortalidade precoce de micro e pequenas empresas da cidade de São Paulo. Gest. Prod., São Carlos , v. 19, n. 4, p. 811-823, Dec. 2012 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-530X2012000400011&lng=en&nrm=iso>. access on 27 Feb. 2018. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-530X2012000400011.
NOGUEIRA, Mateus Henrique; FREITAS BORGES, Guilherme de. Por que as empresas “fecham as portas”?: compreendendo a mortalidade de empresas locais. Revista Brasileira de Gestão e Engenharia, n. 11, p. 118-133, 2015.
Rafael Fernandes
Mestre em Administração Estratégica
Especialista em gestão de empresas de fitness e wellness
Especialista em Administração e Marketing esportivo.
Colunista dos sites: oportunidadefitness.com e gestaofitness.com.br
Pesquisador na área de gestão no fitness
Palestrante e consultor de academias
Professor de Educação Física (CREF 027635)
Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9268675559198932
Tel:(21) 981760350
E-mail: rafaelfferreira84@gmail.com