– Como assim? Vender mais e quebrar?
– Sim, isso mesmo!
Baixar o preço vai levar sua empresa a vender mais, isso é certo. Só que vender mais não significa, necessariamente, ter um faturamento maior.
Até o início desta década, as academias tinham praticamente a mesma estrutura de serviços, as mesmas formas de cobranças e as mesmas formas de se comunicar. O surgimento das academias “low cost” no Brasil mudou essa história: a reação natural das academias tradicionais foi baixar os preços. E isso segue acontecendo, infelizmente ou felizmente.
Mesmo baixando preços e vendendo mais, as academias continuam em dificuldades e até mesmo quebrando. No entanto, uma gestão financeira e comercial eficiente pode mudar esse quadro: em primeiro lugar, precisamos identificar todas as despesas e quanto, em reais, isso representa mensalmente. Feito isso, fica fácil calcular o ticket médio ideal.
Saber o quanto cobrar tem relação direta com o posicionamento da sua academia. Se o posicionamento é “academia de serviços”, pressupõe-se que teremos mais professores na musculação, teremos aulas coletivas, programa de acolhimento, pós-venda, acompanhamento do cliente ativo e, principalmente, um ambiente confortável para a prática de atividade física. Tudo isso gera um custo de operação bem maior do que um posicionamento “low cost” e, como vimos, o custo de operação está diretamente ligado ao valor cobrado de mensalidade.
Aqui, temos dois caminhos a escolher:
1) Diferenciar, de verdade, a academia de serviços da academia low cost, de forma a manter a empresa saudável;
Ou
2) Manter todos os serviços e baixar o preço pela metade, na expectativa de TRIPLICAR as vendas, já que se as vendas forem somente duplicadas, o faturamento permanece o mesmo de sempre. Nesse caso, vale a pena considerar também que o número maior de frequentadores também gera um desgaste maior de equipamentos, demanda por manutenção e, provavelmente, um maior número de aulas e equipamentos para atender devidamente a todos…
Qual a sua escolha?
Por Fernando Tadeu