Em que Era você está?
Em que Era você está?
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Em que Era você está?

Estamos no auge da revolução industrial. O ano é 1918 e Henry Ford está mostrando a um mundo perplexo, a produção em série.  Àquela altura, já se sabe muito bem que é um processo sem volta, no qual as fraquezas, doenças, limitações e cansaço do frágil trabalhador são atropeladas pelas incansáveis e poderosas máquinas, que trabalhavam 24 horas por dia, 7 dias por semana, exigindo como salário apenas óleo, gasolina ou eletricidade. O homem passou a ser apenas um coadjuvante na linha de produção, responsável por montar as partes fabricadas  pelas gigantes automáticas.

Tinha-se a certeza de que o mundo jamais seria o mesmo, como de fato não foi. As décadas que se seguiram foram um mergulho cada vez mais profundo na direção da automação. Produzia-se cada dia mais e pensava-se cada dia menos.

Foi quando, aos poucos, começamos a agir como máquinas. Primamos acima de tudo pela produtividade e, quanto mais eficientes e rápidos fôssemos, melhor.  Todo nosso raciocínio foi na direção de sempre fazer mais por menos e, nessa linha, organizamos nossas empresas.

As décadas se passaram, a Inglaterra, então protagonista da revolução, dava lugar de principal potência mundial aos Estados Unidos que, com sua vocação comercial ditava o ritmo e a direção das corporações e das nossas vidas.

A máquina nunca esteve tão em voga. O empresário bem sucedido era aquele que possuía os melhores e mais avançados equipamentos de produção. Os jargões nas salas da diretoria são limitados à tempo de manutenção, reposição de peças, temperatura de operação, correias, parafusos e outras tranqueiras. Aqui no Brasil, para ser respeitado de verdade e mostrar que sua empresa não estava para brincadeiras, era necessário importar pelo menos meia dúzia de máquinas da Alemanha. Era isso ou correr o risco de jamais ser levado a sério pelo mercado.

Foi na década de 70 que inventaram um tal de microprocessador. Os anos seguintes foram de extrema excitação sobre o assunto, pois essa coisinha prometia mudar tudo! Não se sabia exatamente o que, mas, que ia mudar ia! Alguns anos se passaram e fomos brindados com algumas obras primas como o Telex, o Fax (avô e pai do e-mail, respectivamente), a calculadora eletrônica, o Atari e muitas outras que ficaram na história da humanidade, antes da chegada dele, vossa excelência, o microcomputador.

Estamos agora no meio da década de 90 já na chamada ERA DA INFORMAÇÃO. Rapidamente cada um tratava de conseguir um jeito de ter um gabinete bege em casa, com um belo monitor, se possível a cores, para ajudar nas tarefas do dia-a-dia. Com o tempo, popularizou-se a Internet com seus inúmeros sites e a comunicação via email.

Agora sim, ninguém segura essa humanidade. As nações estão à distância de 1 clique, corporações, clientes, funcionários, fornecedores, todos conectados 24 horas por dia. Finalmente, temos condições necessárias de compartilhar e usufruir o que cada um de nós tem de mais valioso, o CONHECIMENTO. Com essa possibilidade, muda o jeito de fazer negócios, o jeito de conduzir nossas empresas, o jeito de tratar nossos colaboradores e muda nossa relação com os clientes. Nós jamais seremos os mesmos depois dessas poderosas invenções, certo? Mas, será mesmo?

Será que estamos verdadeiramente dispostos a entender e aproveitar o que a modernidade nos traz? Ou estamos atrás de telas, planilhas de Excel e e-mails, no entanto, disfarçando que ainda temos vestido nosso macacão sujo de graxa, presos na esteira de produção de Ford? E você? O que você acha?

Na continuação do meu artigo, vou mostrar porque nós empresários, estamos com nossos tablets, smartphones e notebooks a tira colo mas, em nossa maioria ainda estamos com a mente em 1918. Vou mostrar porque isso não tem nada a ver com os equipamentos que carrega e sim, com o que você faz com a informação que eles trazem.

       

Valério Ferreira é Empresário – Sócio fundador da W12 Inovações Tecnológicas – valerio@w12.com.br   – www.w12.com.br 


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Thais Almeida é diretora e curadora de conteúdo deste portal.

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