Academias criadas para crianças, com metodologias especificas, tem obtido sucesso, porém a atividade que mais vem se beneficiando deste novo momento do mercado é a “tradicional” natação infantil.
Até alguns anos atrás a criança era encarada como um “mini adulto” do ponto de vista do mercado, e me refiro à maioria dos segmentos, não especificamente ao fitness. Os mercados foram amadurecendo, se sofisticando e, como consequência, as empresas foram atrás de atender nichos específicos para se diferenciar da concorrência, cada vez mais acirrada.
Assim, as crianças foram ganhando importância e se tornaram um alvo preferencial de muitos mercados. Com o amadurecimento do mercado de fitness o mesmo vem ocorrendo e, agora, muitas iniciativas contemplam o mercado infantil. Academias criadas para crianças, com metodologias especificas, tem obtido sucesso, porém a atividade que mais vem se beneficiando deste novo momento do mercado é a “tradicional” natação infantil.
Fatores como recomendação médica, incremento substancial do número de piscinas em condomínios, necessidade de segurança dos pais, obesidade infantil, ganho de renda da população, entre outros têm conspirado favoravelmente para posicionar a natação infantil na “cesta básica” das famílias.
Com a demanda crescente é necessário que haja uma evolução no oferecimento dos serviços. Para isso é fundamental entender que quando se trabalha com criança, ela é a consumidora do serviço, mas o cliente é o adulto, que paga por ele. Sendo assim é necessário agradar aos dois públicos, tornando a operação mais complexa, pois as motivações são distintas. Para a criança o que a move “querer ir à natação” é o prazer que sente em estar naquele ambiente, por isso cada vez mais as metodologias baseadas no brincar, de forma fundamentada, tem crescido. Já para o adulto a motivação é diferente. Ele quer que a criança “aprenda a nadar”, mesmo quando ainda é um bebê ( o que não é o objetivo nesta fase) e que tenha benefícios para o seu desenvolvimento e saúde. Se a escola de natação ou academia não conseguir atender aos desejos dos dois públicos, provavelmente perderá o cliente e, consequentemente, o aluno.
Nessa realidade atual o professor de natação infantil precisa ser cada vez mais especializado, entendendo não só de técnica, mas, também sobre o desenvolvimento infantil em sua amplitude. E para isso é preciso buscar a informação nos eventos voltados para a sua atualização. Mesmo correndo o risco de parecer estar advogando em causa própria, é importante salientar que o WABC BRASIL – Congresso Brasileiro de Natação infantil tem desempenhado esta função de atualização trazendo temas novos e profissionais importantes do mercado e de áreas complementares. Ele também vem comprovando desde 2008, a força do mercado de natação infantil, conseguindo reunir, em média, entre 400 e 500 profissionais, a cada edição, de vários estados brasileiros e até do exterior.
Nas andanças que temos feito pelos eventos internacionais da área nos últimos anos, temos visto que o que ocorre no Brasil não é um fato isolado. O mercado internacional de natação infantil está se desenvolvendo muito em todos os continentes. Os principais mercados, como o americano e de alguns países da Europa, estão enveredando pelo caminho que já direciona o mercado brasileiro, ou seja, o do ensino através da diversão, porém sabendo como cada exercício vai contribuir no desenvolvimento da criança.
Trabalhar com natação infantil possibilita atuar em um mercado com muitas oportunidades e interferir positivamente na vida das crianças.
Rafaele Madormo
Diretor Executivo do INATI (Instituto de Natação infantil)
diretoria@inati.com.br
www.inati.com.br
Fonte: http://www.educacaofisica.com.br/index.php/esportes/canais-esportes/aquaticos/20928-natacao-infantil-mercado-adulto
