Hoje em dia o acadêmico de educação física, após a formação, ja sai da faculdade pensando em começar a atender como personal trainer. Na cabeça deste profissional está a possibilidade de uma melhor remuneração, especificamente o valor da hora/aula comparando a média de um professor de academia. Não vejo restrição para que isso aconteça, visto que este profissional esteja devidamente registrado no conselho regional de educação física (CREF).
O problema, na minha opinião, começa pela falta de experiência e vivência prática do acadêmico em dois segmentos: “Técnica” e principalmente “Comercial”. Durante a minha faculdade de Educação Física, lembro-me perfeitamente da grade currícular, onde nós tínhamos 95% composta por disciplinas técnicas do âmbito de treinamento, fisiologia, biomecânica e área escolar. E tive durante a graduação o contato com apenas uma a duas disciplinas de gestão. Resumindo, este déficit de embasamento “business”, comprometerá a carreira deste Personal que se inicia. Quero dizer que fomos preparados e capacitados para a avaliação, prescrição e acompanhamento de treinamento físico. Somos leigos, até que possamos buscar conhecimento e qualificação em gestão de carreira, vendas, negociação, marketing, atendimento, empreendedorimo etc.
O problema, na minha opinião, começa pela falta de experiência e vivência prática do acadêmico em dois segmentos: “Técnica” e principalmente “Comercial”.
Alguns pontos que prejudicam o Personal Trainer em início de carreira:
- Medo da instabilidade financeira, sendo assim, a maioria dos profissionais levam a carreira como renda “extra”. Isso dificultará este profissional na hora de uma melhor organização da carreira, gestão do tempo, aquisição de novos clientes, etc.
- Somente capacitação técnica e pouco conhecimento sobre negócios.
- Ser Personal Trainer, sem ao menos ter vivenciado o mínimo como professor (não como estagiário) de musculação, ginástica etc.
- Medo de se vender! Ofertar e prospectar o seu serviço, saber negociar e fechar com esse cliente.
O Personal Trainer de hoje, ele precisa ser S/A! Deve se ver como uma empresa. É muito importante que ele tenha atenção e preze pela parte técnica, mas principalmente pela gestão da sua carreira, marketing, vendas, atendimento e humanização (relacionamento com seus clientes/alunos).
Por Luiz Gustavo Verdan – Prof. de Educação Física e Personal Trainer. Esp. em Gestão. Empreendedor. Sócio-fundador da Minds Fit