Correndo o risco de ser repetitivo, costumo dizer em minhas palestras que a realidade existente já há algum tempo na Europa e EUA está chegando como forte tendência por aqui. Não quero parecer um profeta, mas vale a pena ressaltar que não há a necessidade de um sexto sentido sobrenatural para prever que o seu cliente mudou, ou melhor, não tem mais os mesmos padrões de consumo.
Você, gestor ou profissional do mercado fitness, pensa duas vezes antes de se comprometer em longo prazo com qualquer empresa que se propõe a te prestar um serviço ou entregar uma solução? Imagino que sim. Portanto, se você tem esse sentimento, boa parte dos seus clientes provavelmente também têm.
O cliente anseia por liberdade, e nos tempos atuais, pouca coisa representa melhor a liberdade do que pagar somente pelo que usa! Além disso, ele quer poder resolver o problema dele de qualquer lugar, a qualquer hora. Ele quer boas experiências. Se ele gosta de pedalar, ele quer fazer uma aula com quem é especializado nisso. Se ele gosta de funcional, quer fazer aula com a autoridade no assunto, o exemplo mais patente que temos hoje é o Crossfit, que produziu um imenso efeito tribal aliado aos resultados dos treinos.
O cliente ama o Crossfit pelos resultados ou pelo efeito tribal? Não tente separar uma coisa da outra, pois esse é o melhor exemplo daquilo que se convencionou chamar de “valor agregado”, algo imprescindível numa época onde o cliente quer ter certeza que cada centavo merece ser gasto.
Seu cliente não é diferente de você. O que seu cliente quer não é diferente do que você quer.
Isso não quer dizer que chegamos ao fim do modelo de negócio conhecido como “academia tradicional”.
O aparecimento de novos modelos não significa necessariamente o esgotamento do atual. Se considerarmos a parcela de 95% da população sedentária, achar que não vai haver público para a academia tradicional em curto prazo, é leviano e alarmista.
As pessoas continuarão indo à academia para caminhar na esteira ou fazer um treino conservador de musculação. Arrisco dizer que cada vez mais pessoas irão fazer isso, as campanhas contra sedentarismo e obesidade serão cada vez mais intensas! Porém, desde o surgimento das redes “low cost”, os clientes agora tem uma outra medida de comparação do quanto estão dispostas a pagar para ter esse serviço básico.
A “boa notícia” é que vem surgindo vários modelos de negócio, restritos ou não a nichos, que demonstram que existem muitos clientes dispostos a pagar mais do que o que se paga em média hoje em dia. Desde que lhe seja oferecido algo a mais!
Portanto, Independente do modelo que você pratica ou pretende praticar, precisa saber que a fidelidade não vem mais de carência e contratos longos. Ela vem da percepção de valor, que vem com os resultados que o seu cliente tem. Isso sim vai definir se você continua no jogo.
Assista à reportagem do Mais Você e tire suas conclusões:
Fonte: https://valerioferreira.com/2017/12/14/tendencias-para-academias-em-2018-aulas-avulsas-sao-destaque-em-rede-nacional/