Profissionais que trabalham como recrutadores de pessoas, os chamados “Headhunters” têm a difícil missão de conciliar interesses organizacionais e pessoais além de saber escolher a pessoa certa para exercer determinada função em um cargo específico, estudam muito sobre comportamento humano e são especialistas nisso. Possuem também uma boa dose de intuição, pois em se tratando de pessoas, vale muito este aspecto. Neste sentido, não dá para dizer que qualquer pessoa pode ser um recrutador, ao contrário.
Recrutar e selecionar o profissional certo para ocupar um cargo na empresa é algo que precisa de muito cuidado e atenção. Principalmente porque de ambos os lados existem expectativas. No mercado de academias, cada vez mais os processos seletivos ganham espaço e importância, porém, na sua grande maioria ainda são realizadas por seus gestores que se utilizam de intuição e apenas ela para fazê-lo. Com isso, muitas vezes o fator sorte é considerado uma ferramenta de gestão, quando, ao admitir uma pessoa apenas por empatia, baseado em conversa informal e apresentação de currículo, pode-se gerar uma contratação equivocada que não dará bons frutos e, o pior, colocará a empresa e seus resultados em risco. Além de personalizar demais o ambiente, que fica estagnado, sobretudo quando seus líderes contratam pessoas baseados em “feeling” montando uma equipe à sua imagem e semelhança, impede que a empresa cresça baseada e novas estratégias para garantir mais competitividade no mercado.
Em processos seletivos, há vários meios de se analisar se um candidato está apto para uma empresa. Há empresas que optam pelo recrutamento interno, já outras pelo recrutamento externo, sendo que o recrutamento interno compreende em utilizar os recursos disponíveis na própria empresa e o recrutamento externo faz com que as empresas busquem novos profissionais no mercado de trabalho. Nos dois casos não existe nenhuma fórmula mágica para se contratar o profissional certo, mas existem alguns procedimentos que podem ser seguidos para facilitar este tipo de trabalho, ajudando assim a minimizar a margem de erros nas contratações e as possíveis futuras demissões. Inúmeras são as vezes que as pessoas começam a trabalhar e não seguem adiante, principalmente se for na área de recepção e vendas. Neste caso, acredita-se que porque os salários registrados em carteira normalmente não são atrativos, fazem com que os candidatos não veem nisso uma profissão. Uma pena! O fato é que melhorar a qualidade do profissional que atua no mercado de academias é um grande desafio. Se, ao pensarmos no profissional adequado, analisando seu desempenho e esquecermos de sua personalidade, iremos errar. Se trocássemos nossos sapatos, calçando o pé esquerdo no direito e vice-versa, certamente continuaríamos caminhando, porém, em marcha mais lenta e com desconforto. Esta analogia pretende explicar o nível de importância da adequação de perfil do funcionário com a função a ser exercida.
O profissional certo e adequado é aquele que trabalha com alegria, que faz bem e de boa vontade suas tarefas. Passar por experiências em outras empresas permite que cada um adquira um currículo tecnocrata e pragmático. Porém, dar a ele a chance de se desenvolver na sua empresa e ajuda-lo a desenvolver suas competências, tornará currículo e candidato, além de mais tecnocrata e pragmático, mais humano também.
E quem ganha com isso? Nós, todos nós.
Um forte abraço e vamos em frente.
Cris Santos é Coach pela SLAC – Sociedade Latino Americana de Coaching, especialista em Gestão de Pessoas, Diretora da BrainFit – revitalização profissional. Graduada em Educação Física pela FEC, Pós-Graduada em Fisiologia do Exercício pela USP e MBA em Gestão de Pessoas pela FMU. É Analista DISC pela Success Tools e pela SLAC. Possui formação com Jogos e Dinâmicas pela KDP. Estudou Business Comunication no Autralian College. www.brainfit.com.br