A importância do fomento do empreendedorismo na área de Educação Física
A importância do fomento do empreendedorismo na área de Educação Física
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A importância do fomento do empreendedorismo na área de Educação Física

 

Manusear a faca!

Atualmente, estamos vivendo um momento fértil do empreendedorismo no Brasil. Isso graças à prosperidade econômica que o país vive nos últimos anos. Tal afirmação fica perceptível, nos quase 70% de todos os empregos que são gerados por micros, pequenas e médias empresas.

Diferentemente das crises vivenciadas nas últimas décadas, no nosso país, hoje, nos encontramos numa época de grandes avanços tecnológicos e prosperidade econômica a qual provocou uma “enorme” onda de auto-estima nacional. Isso fica explicito em alguns casos na não aceitação de tarefas subalternas de início de carreira, formando profissionais cuja aquisição de cargos e salários ambiciosos aparecem desde cedo.

Este fato fica evidente numa pesquisa realiza pela GEM (Global Entrepreneurship Research Association). Entre os 17 países membros do G20 que participaram da pesquisa em 2010, o Brasil é o que possui a maior TEA (Taxa de Empreendedores em Estágio inicial) com 17,5% seguido pela China, onde a percentagem encontrada foi de 14,4%.

Mediante a esse momento propício que o país vive, deve-se estimular a formação de empreendedores na área de atuação. Ao longo dos anos, a Educação Física ficou muito desvalorizada, isso fez com que perdêssemos muitas áreas do mercado para outros profissionais, exemplos: fisioterapeutas, médicos,administradores, entre outros. Nesse contexto, duas perguntas são fundamentais: – Quantos donos de clube, academias, clínicas e centros de treinamento são profissionais de educação física? Porque o profissional de educação física não ocupa esses cargos? A resposta é bem simples, porque em toda formação esse profissional não foi estimulado. Não há preparo para que educadores físicos ocupem cargos elevados, de gestão e liderança. A princípio nós seríamos os mais indicados para atuar desta forma, uma vez que há o conhecimento técnico especifico e o conhecimento profundo do publico em que destinado os serviços.

No que diz respeito à educação física, é uma máxima dizer que se deslumbra uma ótima expectativa de fomento na área. Visto principalmente em dois aspectos. O primeiro relacionado aos jogos que o Brasil vai sediar nesta década, e o segundo, vinculado à necessidade que o mercado da hoje à estética e ao combate ao sedentarismo.

Quanto à estética, no mundo contemporâneo, a sociedade atribuiu uma nova função: possibilitar as pessoas a se tornarem mais qualificadas no mercado de trabalho. Sempre se soube que os seres humanos, excepcionalmente com físicos bonitos, gozavam de alguns privilégios. Agora o senso comum vem se tornando mensurável. Hamermesh, um respeitado especialista em mercado de trabalho e salários da Universidade do Texas, comenta que 2% dos homens e 3% das mulheres são de fato considerados pessoas bonitas. Isso faz com que estes se tornem raros o suficiente para que haja mais demanda do que ofertas por eles. Com isso o mercado agrega valor para a beleza humana. (Revista Época – Novembro/2011)

Contudo, além da estética, outro aspecto fundamental é o combate ao sedentarismo (já considerada uma epidemia no país). Segundo um censo realizado, mais de 60% dos adultos que vivem em áreas urbanas não praticam um nível adequado de exercício físico, num quadro onde cerca de 80% da população brasileira vive nas cidades.

Portanto, percebemos que existe um vasto campo de atuação para esse profissional. A expectativa de crescimento da área é cada vez maior, e o profissional de educação física precisa acompanhar este ritmo. É preciso ainda, que as Universidades reformulem seus currículos acadêmicos e percebam a necessidade de formar grandes gestores, líderes e empreendedores, dentro da nossa área. É preciso formar uma nova consciência no ramo. A verdade é que “temos a faca e o queijo na mão” só precisamos saber a manusear a faca. O empreendedorismo é esse saber que nos falta na formação. Com certeza, no futuro próximo haverá ótimos empreendimentos.

Na Europa principalmente o Esporte é praticado com mais profissionalismo e a tendência é que a Gestão do Esporte influenciada pelos europeus cada vez mais cresça em nosso pais e neste segmento que os novos formandos em Educação Física devem focar.

É nítido que a Gestão do Esporte está numa crescente, tornando-se oportuno para os profissionais da área. A UFRJ através de sua empresa júnior de consultoria vem desmistificando este segmento ofertando consultorias para empresários do segmento e formando profissionais que iniciam como consultores na empresa júnior e migram para suas consultorias quando se formam ou assumem cargos de direção em academias e/ou clubes.

Nota-se que o novo profissional de educação física tem que alem do conhecimento da área de humanas tem que conhecer profundamente tópicos de gestão empresarial e somente assim teremos empresas do setor mais fortalecidos e clubes sustentáveis. Diversos eventos mundiais teremos até 2016 e é inegável que sem uma boa preparação em gestão esses eventos ocorrerão com eficiência e os mesmos deixarão legados que devem ser aproveitados e geridos pelos profssionais que são os estudantes de hoje.

REFERÊNCIAS:
www.endeavor.org.br – Acessado em: 25/11/2011 às 14hs32min.

www.ibpq.org.br – Acessado em: 23/11/2011 às 21hs28min.

HAMERMESH; Universidade do Texas; Revista Época, edição de novembro 2011.
4ª Edição Pocket Lerning; Geração y.

 

Autor: Raphael Carvalho Azevedo ¹´²
Orientação: Carlos Henrique Virtuoso3

1- Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);
2- Pulsar – Empresa Júnior de Educação Física e Dança da UFRJ.
3- Professor Orientador na área de Gestão de Esportes da Pulsar – UFRJ

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Thais Almeida é diretora e curadora de conteúdo deste portal.

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