Imagine um avião que está prestes a decolar. No meio do processo o piloto percebe que não sabe a qual altura deve chegar, nem a velocidade que deve percorrer, nem mesmo a direção para onde vai. No mínimo, essa aeronave não irá decolar. Agora transponha e imagine esse avião sendo sua carreira!
A metáfora narrada acima serve somente para ilustrar como a falta de planejamento de carreira, ou um planejamento pobre, pode estagnar sua vida profissional e fazer com que ela não saia do solo. Segundo Farias (2005), “carreiras falam de trajetórias, processos contínuos, construídos por partes que se transformam em meio para algo maior, uma finalidade”. então entendemos que estas finalidades podem ser: financeira, pessoal, reconhecimento profissional etc.
Rosa (2010) fez um levantamento em uma instituição de ensino, que questionava se os alunos possuíam um plano de carreira e 72% disseram que sim, porém o estudo não apontou quais são as etapas destes planejamentos. Os alunos simplesmente dizem que o planejamento está pautado em sua estabilidade financeira, ou seja, sua finalidade é ganhar dinheiro. Podendo ser traduzido em excelência profissional. Esses alunos desejam ter e ser reconhecidos pela excelência no que fazem. Consequentemente, a estabilidade financeira será a recompensa por tal planejamento de carreira. Entretanto, indiretamente, esses alunos já “haviam iniciado o planejamento” de suas carreiras no momento em que escolheram o que cursar na faculdade, na forma como se comportaram durante o curso e em sua Network, que foi estabelecida com seus colegas de curso.
A Pirâmide das Possibilidades de Ação profissionais, proposta por Farias (2005) cita as possibilidades que podemos alcançar em nossa carreira profissional, nos quais estes níveis não são excludentes; não são um ciclo de evolução ou estabelecidos hierarquicamente. O autor diz que são apenas possibilidades de diferenciar por onde o “planejador” pode transitar, além de ser uma saída para o que Rosa (2010) apontou em seu estudo, que os alunos somente se planejaram dentro do contexto de licenciatura e bacharelado.
Esses alunos não conseguem enxergar além da linha do “você empregado”, vinculo empregatício do tipo assalariado, e passar para o nível 2 “Você S.A”, em que não há a formalidade da carteira assinada, sendo toda negociação feita entre você e seu cliente. É a fase na qual você se torna “a empresa”, tendo que estar sempre agregando valores positivos para o “seu negócio”.
“Você empresário”, nível 3, é quando sua marca cresceu tanto, que nesse momento você tem a necessidade de estar contratando pessoal para atender a demanda do negócio. Um momento que exigirá a percepção de investir nas pessoas para gerar maior rentabilidade para o “$eu negócio”.
No nivel 4 você já se tornou o parceiro. Neste momento você se une a outros profissionais, para gerar um serviço que tenha a sua qualidade e de todos os envolvidos na sua produção. Para chegar a esse nível você terá que dedicar alguns anos de estudo, conhecimento e muita network.
Se você ainda não tem um planejamento de sua carreira e não sabe aonde quer chegar, experimente parar algumas horas do seu dia e por num papel suas metas, anseios, necessidades. Faça uma autocrítica e veja quais são seus pontos a melhorar, pontos fortes/fracos e vá atrás do necessário para mudar, mesmo que isso custe dinheiro e algumas horas da sua vida. Isso não será desperdício, mas sim um grande investimento!
Não se esqueça de que mesmo um ponto forte precisa sempre de manutenção e cuidados.
Bons voos!
Rafael Fernandes é Especialista em ADM e MKT esportivo; Especialista em gestão de empresas de fitness e wellness; Ex-Gestor do Conselho Regional de Educação Física-CREF1- Unidade Barra/Recreio/JPA e Vargem Grande e Pequena; Professor de Educação Física (CREF 027635); Graduando em Processos gerenciais; Mestrando em Administração Estratégica na IBMEC; Coordenador de atividades físicas da academia Jungle Gym Brazil – Barra/RJ Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/9268675559198932 – Tel:(21) 982771238