Atendimento ao cliente - Uma questão de postura!
Atendimento ao cliente – Uma questão de postura!
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Atendimento ao cliente – Uma questão de postura!

O profissional de Educação Física que trabalha em academias precisa delimitar claramente o seu papel de prestador de serviços naquele local, se destacando do público frequentador por sua forma de falar, gesticular e vestir.

Você já deve ter ouvido falar que ser um bom profissional não é fácil. Vender um produto diferenciado, se atualizar, conhecer bem o mercado…

Enfim, atender com excelência traz, para nós, a responsabilidade de surpreender o cliente. Sempre!

O acesso à informação e o zelo pela qualidade em todos os segmentos profissionais mudaram a relação de consumo dos praticantes de exercícios com as academias e com os profissionais que os atendem. É só pensar nos seguintes exemplos:

Para abastecer o carro, procuramos além de preços de combustíveis convidativos, um ambiente limpo, seguro e com serviços agregados. Afinal de contas, quem não gosta de ser recebido com um belo “bom dia” e ter seu tanque cheio, enquanto os pneus são calibrados? Tudo isso regado a um cafezinho com jornal!

Ao irmos a restaurantes exigimos um bom atendimento, música ambiente compatível com o tema do local e profissionais que saibam explicar direitinho suas dúvidas sobre o cardápio.

Fica fácil entender agora o nível de exigência das pessoas que frequentam atualmente as academias de ginástica. Será que estamos preparados para superar as expectativas desses clientes em potencial? Para isso, é preciso o entendimento de duas questões básicas da prestação de serviço: conhecer bem o perfil do cliente (e já vimos que ele está cada vez mais exigente) e saber como sua estratégia de atendimento se adequa aos conceitos atuais de serviço.

Quando falo em estratégia não me refiro a nenhum plano mirabolante de retenção de cliente. Falo de algo mais simples, porém, muito importante: a postura. De maneira mais objetiva, o comportamento profissional ao atender clientes em academias.

De antemão, é preciso ressaltar uma característica muito particular de quem trabalha nesses ambientes: o contato com determinado cliente é quase que diário! (no mínimo três ou quatro vezes por semana). Acabamos sofrendo a tentação do coleguismo. Claro que relacionamentos duradouros com clientes nos permitem certos graus de intimidade. Mas, isso não nos afasta da formalidade no serviço. A forma de cumprimentar, o vocabulário empregado nos treinos, o respeito aos horários estabelecidos etc. Esses pontos são invariáveis. Não oscilam de acordo com o tempo de atendimento nem com o tipo de intimidade que possuímos com os clientes.

Se pararmos para pensar um pouco, enxergaremos algo que poucos entendem: por menor que seja a academia, existe uma rotatividade ou um número de novas matrículas semanais, fazendo de todos os nossos dias de trabalho o “primeiro dia”. Frequentemente nos deparamos com clientes que nos observam pela primeira vez. Daí, sua permanência na academia ou até a contratação de um serviço de personal trainer depende do escore (nota) que nos é atribuído ao final de cada treino. Sempre fazemos isso! O que nos faz repetir nossas idas a determinado local, seja ele uma oficina, um clube, ou um salão de beleza é a nota sobre serviços e produtos que damos (às vezes inconsciente) ao irmos embora.

O profissional de Educação Física que trabalha em academias precisa delimitar claramente o seu papel de prestador de serviços naquele local, se destacando do público frequentador por sua forma de falar, gesticular e vestir.  Esse último é um ponto sempre polêmico de abordar.

É evidente o fato de estarmos em um ambiente esportivo, descontraído e informal. Porém, isso não deve abrir margem para o profissional vestir-se de maneira inadequada. Por isso, camisas com dizeres engraçados, roupas muito curtas e decotadas ou bonés virados para trás não são nada bem-vindos na hora de atender o cliente. Preocupar-se com a vestimenta de trabalho mostra ao nosso cliente que já estávamos focados nele mesmo antes de sair de casa.

O respeito a outros profissionais que trabalham no mesmo local também faz toda diferença em seu atendimento. Geralmente, atendemos nossos clientes enquanto vários colegas se esforçam para aplicar o que programaram para seus alunos. Ao término dos exercícios, deixar os equipamentos em condições de uso coletivo demonstra não somente educação, mas respeito pela coletividade e que estamos preparados para prestar um serviço em um ambiente social.

Essas atitudes no comportamento são simples. Mas, atender clientes em um ambiente tão descontraído como a academia exige do profissional de Educação Física uma postura um tanto quanto formal. O objetivo disso? Ampliar as expectativas de um público bastante informado, que procura espaços para prática de exercícios que lhe corresponda no encantamento do serviço.

 

Rafael Araújo é Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Ceará – UFC e Especialista em Fisiologia do Exercício pela Universidade de Fortaleza – UNIFOR.

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0 Comentários desativados em Atendimento ao cliente – Uma questão de postura! 5836 01 fevereiro, 2013 Marketing e Vendas, Rafael Araújo fevereiro 1, 2013
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Thais Almeida é diretora e curadora de conteúdo deste portal.

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